terça-feira, novembro 30, 2004

A falta que um terrorista faz a uma nação
Sem lenço nem documento, penetrei na sede da Rede Globo de Televisão junto dos cinco sorteados da turma do 8º período de jornalismo para uma visita ao Jornal Nacional. Tendo Wellington Cordeiro como responsável, imagina-se como foi a visita. O fotógrafo, aliás, entrou com uma imensa bolsa, sem ser revistado ou passar por qualquer detector de metais, passeando inclusive por inabitadas instalações da rede de energia. Sem falar que quase não existem câmeras de segurança – ou estão muito bem escondidas –, e que a Rede Globo é encostada a dois prédios residenciais bem próximos de suas gigantescas antenas de transmissão. Há outros magníficos exemplos de falta de segurança, como colar chiclete na cadeira de reuniões (e se tivesse um microfone sem-fio?!) e sair da cantina sem pagar (como é possível em meio a tantos mercenários?!). Mas, imagina um guri encapetado jogando uma bomba do alto do prédio vizinho, às 20h?! Ou um gótico de tendências suicidas, munido de um canivete, sacando a arma enquanto fingia assistir às gravações e exigindo que o colocassem no ar?! A sorte do Império Globo de Comunicações foi que esqueci o meu em casa, senão...

Corporativismo
A gente sabe que o corporativismo existe em todos os âmbitos, mas numa empresa do porte da Rede Globo pode-se até esperar que isso seja um pouco mais ameno. Só que, coincidentemente, todos com quem conversei tinham algum parente de primeiro grau no rol de ex-funcionários. Não à toa, ora pois, na prova de dinâmica de grupo da Globo há a pergunta: “Você tem algum parente que trabalha ou já trabalhou conosco?”. Fazendo carreira, e principalmente, sendo fiel no melhor estilo Grandfather, parece ser a melhor garantia da hereditariedade de um cargo. Mais vitalício que emprego público. O bom para a Globo é que essas pessoas realmente incorporam o bordão e brilham os olhos ao reluzir do plim-plim.

Filho do Nordeste
O menino que saiu do Nordeste num pau-de-arara em direção a São Paulo, hoje Presidente da República, símbolo da classe trabalhadora e de milhões de miseráveis deste país, pretende marcar seu governo com um ousado e polêmico projeto. Mudanças sociais e oportunidades de desenvolvimento são as grandes justificativas. Porém, há uma pedra no caminho: a questão ambiental. E aí? O Greenpeace, que anda simpático ao governo federal, principalmente por causa da Ministra Marina Silva, não falou nada até agora.

sábado, novembro 27, 2004

Só me faltava essa...
Lançado novo concurso no Assis: Troféu Pelicano (seu papo é um saco).

sexta-feira, novembro 26, 2004

Fotógrafo onipresente
Olha aqui no Patife algumas fotos feitas por César Ferreira lá no Encontro de Interrogações.

quinta-feira, novembro 25, 2004

Olho cru
César Ferreira renasce em blog. E bem pra... Confira aqui.

Artur Press informa
Olha aí a lista com as 60 poesias selecionadas para o VI FestCampos de Poesia Falada, que acontece nos dias 16, 17 e 18, às 20h230, no Palácio da Cultura (Campos-RJ):

1. Panis et Circense – Antônio Roberto Góis Cavalcanti – campos.rj
2. Simbiótica – Antônio Roberto Góis Cavalcanti – campos.rj
3. Bebo a Cidade – José Geraldo Neres – santo andré.sp
4. Desáfrica – Lúcia Regina Borges Ferreira – rio de janeiro.rj
5. Botando pra Fora – Gustavo Landim Soffiati – campos.rj
6. Guerra Coagulada – Manuela Siqueira – campos.rj
7. Tempestade – José Geraldo Neres – santo andré.sp
8. Marco – Delayne Brasil – rio de janeiro.rj
9. Entre Deuses e Pernas – Adriana Medeiros – campos.rj
10. Elo Perdido – Adriana Medeiros – campos.rj
11. Cazuzismo – Ricardo Luiz Thomé – rio de janeiro.rj
12. Cozido – Elvé Monteiro de Castro – rio de janeiro.rj
13. Mar Aberto – Fernanda Huguenin – campos.rj
14. Preamar – Helena Ortiz – rio de janeiro.rj
15. Diagnóstico – Helena Ortiz – rio de janeiro.rj
16. Noturno – Helena Ortiz – rio de janeiro.rj
17. Amazoníades – Mano Melo – rio de janeiro.rj
18. Ode à Tropicália – Laura Esteves – rio de janeiro.rj
19. Labirintos – Emanuel Medeiros – brasília.df
20. Bobo da Corte – Lau Siqueira – joão pessoa.pb
21. O Ladrilho – Tércia Montenegro – fortaleza-ce
22. Os Búfalos – Márcio David da Cruz – curitiba.pr
23. Ele Bebe Toró – Luciano Carvalho – são paulo.sp
24. O Milagre do Pão – Sérgio Augusto Bastos – rio de janeiro.rj
25. Minotauro – Luciano Carvalho – são paulo.sp
26. Poética – Igor Fagundes – rio de janeiro.rj
27. Por Um Gêneses do Horizonte – Igor Fagundes – rio de janeiro.rj
28. Certas Respostas – Tanussi Cardoso – rio de janeiro.rj
29. Essa Terra, Essa Gente – Hélio Coelho – campos.rj
30. Páginas de Diário – Flávia Savary – teresópolis.rj
31. Poema I – Neuaci da Silva Paiva – dianópolis-.to
32. Poema II – Neuaci da Silva Paiva – dianópolis.to
33. Estado de Guerra – Flávio Machado – rio de janeiro.rj
34. As Árvores de Pedra – Luiz de Moura Azevedo – são paulo.sp
35. Herdeiros de Ícaro – Ângela Cristina Guimarães – rio de janeiro.rj
36. Ciuminho Básico – Ana Elisa Ribeiro – belo horizonte.mg
37. Líquida – Ângela Cristina Guimarães – rio de janeiro.rj
38. Meninos São Meninos – Carlos Gildemar Pontes – joão pessoa.pb
39. O Boi Domingos Pellegrini Jr. – Londrina-pr
40. Carretel Laranja – Marianna Cersosimo – rio de janeiro.rj
41. Poema sem título – Marianna Cersosimo – rio de janeiro.rj
42. Lagos Imaginários – Fabiano Calixto – santo andré.sp
43. Faz Frio Ou Rua da Saudade – Fabiano Calixto – santo andré.sp
44. Ave Marias – Paulo Barbosa Alves – campos.rj
45. Oceano de Lágrimas – Rodolfo Muanis – rio de janeiro.rj
46. Paixão sobre o Arame na pedra da Baía – Rodolfo Muanis –
rio de janeiro.rj
47. Angústia – Rodolfo Munais – rio de janeiro.rj
48. Louco de Pedra – Silvio Ribeiro de Castro – rio de janeiro.rj
49. Quando o Amor Acaba – Silvio Ribeiro de Castro – rio de janeiro.rj
50. Ao hóspede do hospício – Juliete Oliveria – dianópolis.to
51. Um Redemoinho Trama com o Destino – Juliete Oliveira – dianópolis-to
52. As Flores Mallarmaicas – Lau Siqueira – joão pessoa.pb
53. Amansadores de Ventos – Carlos Augusto da Luz – foz do iguaçu.pr
54. Em Memória da Estrada – Marcus Vinicius Quiroga – rio de janeiro.rj
55. O Tênue Fio do Tempo – Tanussi Cardoso – rio de janeiro.rj
56. Estudo Para aleijadinho – Marcus Vinicius Quiroga – rio de janeiro.rj
57. Bestas Metáforas – Rosa Born – rio de janeiro.rj
58. Carta de suicídio da menina do 19 andar – Diana de Hollanda – rio de janeiro.rj
59. Poema de Um Qualquer – Diana de Hollanda – rio de janeiro.rj
60. Recheio – Delayne Brasil – rio de janeiro.rj

quarta-feira, novembro 24, 2004

Vale um flash
Tô correndo e agora não vai dar. Mas guarde esse cupom para me cobrar depois uma nota com mais informações sobre o que aconteceu no Encontro de Interrogações, em SP. Foi bom praca. Enquanto isso, veja a cobertura do Patife.

De passagem
Ah, gente, esqueci de avisar que tem conto novo lá no sebo do Durvalino. Bem aqui.

terça-feira, novembro 23, 2004

Outras dos demais membros da mesa:

Edson Cruz, editor do site Capitu: “A internet em si não cria nada”.

Augusto Sales, do Paralelos: “Publica-se na internet pela falta de alternativa”

Cristiane Costa, do Portal Literal: “Vamos chegar em um tempo em que não será necessária a mediação do jornalista”.

Edson Fróes, editor do Popbox: “Se fosse tudo absurdamente novidade a gente não ia conseguir fazer”.

Pela internet
Mesa agora pela manhã no Encontros de Interrogação, que o Itaú Cultural promove desde ontem em São Paulo, discutiu a nova literatura que vem da internet. Ana Elisa Ribeiro, do Patife, quebrou o gelo e deu o tom da prosa seguinte com a sua primeira intervenção. A poeta mineira rolou a bola com uma frase de efeito: a nova literatura não vem da internet ou na internet. Ela vem pela internet. O jogo de palavras acabou por nortear o debate. Quase todo mundo destacando a internet como ferramenta, e não como fim.

segunda-feira, novembro 22, 2004

Algo se move
Está no forno uma nova ONG em Campos. É o Instarte (Instituto de Artes de Campos dos Goytacazes). Vai reunir gente da música, das artes plásticas, da literatura, da dança, do teatro, do audiovisual, entre outros trecos. A idéia é pressionar o poder público e a iniciativa privada em favor de projetos culturais. A primeira bandeira é a pela vinda do Centro de Artes da Uff para a cidade. Nesta quarta, às 19h, a Ong se reúne no Palácio da Cultura. Nos dias 9 e 10 de dezembro acontece um Fórum para discutir um plano de metas para o Instarte.

Vou logo avisando
Tem um tempão que as imagens do blog não aparecem. E eu não tenho nada a ver com isso!

Tempo real
Veja a cobertura do Encontro de Interrogações, do Itaú Cultural em SP, no Patife.

Eita! Eita! Eita!
Olha aí o resultado do Concurso Nacional de Contos José Cândido de Carvalho 2004, com o nosso bravo urgentista e terraplanista Jorge Rocha em terceiro lugar, o único campista da lista. Notícia boa praca! Toda a renda será destinada a fraldas para o Eduardo e cerveja para os amigos. As minhas, cobrarei pessoalmente amanhã.
Veja o resultado divulgado pela Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima:

Primeiro Lugar: O Silêncio das Xícaras – Diana de Hollanda (rio de janeiro-rj)
Segundo Lugar: O Barato de ser Barata – O Exercício Kafikaniano de J.B. – Álvaro Rogério Goulart (petrópolis-rj)
Terceiro Lugar: Não Falarás – Jorge Rocha (campos-rj)
Quarto Lugar – Quando O Verde dos Teus Olhos – José Geraldo Neres (santo andré-sp)
Quinto Lugar – Hospício Moinho de Ventos – Neuaci da Silva Paiva (dianópolis-to)

Como diria o próprio: o império se expande!

sábado, novembro 20, 2004

Agora vai
Artur Gomes manda avisar que a lista dos 60 classificados para o Fest Campos de Poesia Falada (de 16 a 18 de dezembro, 20h, na Fundação Cultural) e o resultado do XIV Concurso Nacional de Contos José Cândido de Carvalho saem nesta terça, 23.

Eita!
Patife agora tem blog. Confira aqui.

BR 101
Pedágio já! Duplicação daqui a 18 anos. Veja nota da Cidade 21.

sexta-feira, novembro 19, 2004

Control C Control V
Essa foi demais!!! Vejam só o que aconteceu com Roberto Moraes.

quinta-feira, novembro 18, 2004

Extra! Extra!
Rapaz, e não é que João Paulo Arruda foi chamado de "bom filho" e "simpático" por alguém! Olha só isso!

Isso!
Eu aqui, cansado, entediado, e me deparo com uma placa que diz "nós instalamos o seu gás". Era tudo o que eu precisava.

[momento am]
Abraço para Marcelle Louback, que, de acordo com a Agência Simone Pedro Press, está gravidíssima.

Política para a Literatura
Uma moçada boa está se movimentando para pressionar o Ministério da Cultura para criar políticas públicas de estímulo à produção literária nos programas voltados para a leitura e criação de blibliotecas. Um manifesto foi preparado para ser enviado ao ministro Gilberto Gil. É longo, mas leitura obrigatória para todos os que têm interesse na área. Confira:

TEMOS FOME DE LITERATURA

Exmo Sr. Gilberto GilMinistro da Cultura do Brasil
Exmo Sr.
Galeno Amorim
Coordenador do Programa Nacional do Livro, Leitura e Bibliotecas

Temos acompanhado com interesse, entusiasmo e atenção as iniciativas do Ministério da Cultura para a criação de uma Política Nacional voltada para o Livro, a Leitura e as Bibliotecas. As discussões públicas sobre o assunto e a abertura da equipe ministerial para ouvir a sociedade civil são realmente louváveis e estimulantes para os que participam da cadeia produtiva da literatura e do livro e para todos os interessados. Sobretudo em um país em que se lê pouco — muito embora tenha uma produção literária de altíssima qualidade —, esses esforços se fazem necessários e urgentes. Como escritores, poetas e ensaístas, manifestamos nosso desejo e nosso interesse de contribuir nesse processo de discussão para o estabelecimento de políticas públicas o mais abrangente possível, que inclua todos os segmentos da cadeia produtiva da literatura e do livro.
No ABC da Literatura, entusiasmada e brilhante defesa da criação artística, poética e literária, o poeta Ezra Pound afirma: "Uma Nação que negligencia as percepções de seus artistas entra em declínio. Depois de um certo tempo ela cessa de agir e apenas sobrevive." Não é preciso gastar tinta para evidenciar o papel fundamental da criação literária e poética no grande caldo vivo e orgânico que forma a arte e a cultura de um país. Também não é difícil perceber que, quando as condições para a criação e a circulação da arte e da cultura sofrem um processo de estrangulamento, logo se nota um empobrecimento das relações humanas. Daí para o desencanto, a paralisia e, em grau mais acentuado, a barbárie, são apenas alguns passos. Largos, por sinal.
Escritores e poetas são, como todos sabem, os artífices principais da criação literária. Sem eles, não existem os livros, nem a indústria editorial, nem as bibliotecas, nem os leitores. Paradoxalmente, são também o segmento menos profissionalizado do setor. Profissionalizado, não no sentido da excelência de sua arte, mas na possibilidade de sobrevivência através de seu próprio trabalho criativo. Como também é do conhecimento de todos, muitos criadores literários, além de não contarem com nenhum, ou quase nenhum incentivo público, ainda assumem as despesas de edição de suas obras com recursos próprios, ou, como dizia o compositor Itamar Assumpção: As Próprias Custas S/A. É, portanto, um segmento carente de políticas públicas que fomentem, incentivem e criem condições objetivas para o desenvolvimento de seu trabalho criativo.
Em que pese todo o esforço do Ministério da Cultura em desenvolver políticas públicas para o setor ligado ao livro, temos percebido, com preocupação e desapontamento, a não inclusão, com maior ênfase e clareza, da criação literária nessas políticas. Notamos que a palavra Literatura jamais está incluída nas políticas para o livro, a leitura e as bibliotecas. Não se trata de uma simples questão semântica ou de nomenclatura. Trata-se, sim, da necessidade de Políticas Públicas de Fomento à Criação Literária. Trata-se, sim, do entendimento profundo de que, da mesma forma que o Brasil tem fome de livros, os escritores têm fome de políticas públicas para a literatura. Sem essa consciência, as políticas nacionais, estaduais ou municipais serão necessariamente incompletas.
Tendo em vista essas condições e o esforço da equipe ministerial em pensar e implementar medidas de desenvolvimento para o setor, decidimos tornar públicas, e trazer aos representantes do Ministério da Cultura, as seguintes reivindicações:

1) Inclusão do termo LITERATURA nos programas, leis, conselhos e câmaras setoriais relacionados ao livro, leitura e bibliotecas, que estão sendo propostos pelo Ministério da Cultura. Desta forma, teríamos o Programa Nacional da Literatura, do Livro, Leitura e Bibliotecas, a Lei da Literatura, do Livro, Leitura e Bibliotecas, o Conselho Nacional da Literatura, do Livro, Leitura e Bibliotecas e a Câmara Setorial da Literatura, do Livro, Leitura e Bibliotecas;

2) Inclusão de artigo na Lei da Literatura, do Livro, Leitura e Bibliotecas criando o Fundo Nacional da Literatura, Leitura e Bibliotecas, com 30% das verbas destinadas diretamente ao Fomento à Criação e Circulação Literária e os outros 70% ao fomento à Leitura e Bibliotecas;

3) Inclusão do termo FOMENTO À CRIAÇÃO LITERÁRIA no § 2º do Artigo 1° da Lei da Literatura, do Livro, Leitura e Bibliotecas, ficando com a seguinte redação:
“§ 2º . A Política Nacional da Literatura, do Livro, Leitura e Bibliotecas objetivará a instrumentalização da implantação e o desenvolvimento da indústria editorial e o fomento à criação literária como bases de afirmação da nacionalidade e da cultura brasileira, com papel estratégico relevante na difusão e permanência da língua, das artes, da ciência e dos valores pátrios.”

4) Criação de um Programa de Compra Direta de Livros do próprio autor, tendo em vista o fato de grande parte da produção literária brasileira – sobretudo a poesia – ser publicada, ainda hoje, às expensas dos próprios autores. A proposta tem inspiração no Programa de Compra Direta de Alimentos da Agricultura Familiar, fruto de uma parceria dos ministérios do Desenvolvimento Agrário, de Segurança Alimentar e Combate à Fome e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, com o objetivo de garantir renda aos agricultores familiares e assentados da reforma agrária, além de abastecer os estoques reguladores do governo;

5) Criação da Sub-Câmara Setorial de Fomento à Criação Literária, na Câmara Setorial da Literatura, do Livro, Leitura e Bibliotecas. Esta Subcâmara seria formada preferencialmente por escritores, poetas e ensaístas e representantes do Ministério da Cultura.
Como parte do esforço para contribuirmos com a formulação de programas públicos que incluam o fomento à criação literária e o contato direto do escritor com o público, trazemos também as seguintes propostas, que podem, objetivamente, ser implementadas em curto e médio prazo:

PROPOSTAS PARA UMA POLÍTICA PÚBLICA DE FOMENTO À CRIAÇÃO LITERÁRIA

1) PROGRAMA DE CIRCULAÇÃO DE ESCRITORES E POETAS I – em articulação do Ministério da Cultura com o Ministério da Educação, criar um Programa de Circulação de Escritores e Poetas pelas universidades do País. Caravanas de cinco escritores e poetas deverão circular pelas universidades das cinco regiões do Brasil (Norte, Nordeste, Centro, Sudeste, Sul), para debates sobre literatura, leituras públicas e lançamentos de livros e revistas. Cada caravana deverá passar por, no mínimo, cinco cidades diferentes. Serão, portanto, cinco caravanas simultâneas, com cinco escritores cada. Total: 25 escritores. Essas caravanas deverão ser trimestrais. Sugestão de nome: Projeto Waly Salomão.

2) PROGRAMA DE CIRCULAÇÃO DE ESCRITORES E POETAS II – Mesmo princípio do Programa anterior, mas, agora, em articulação do Ministério da Cultura com os governos estaduais e municipais brasileiros (através de suas respectivas Secretarias de Cultura). Desta forma, poderia-se ampliar o projeto para a rede de escolas estaduais e municipais. Sugestão de nome: Projeto Paulo Leminski.

3) PROGRAMA LATINOAMÉRICA DE LITERATURA - em articulação do MinC com os ministérios da cultura estrangeiros, embaixadas e universidades criar o Programa Latinoamérica de Literatura, para circulação mútua de escritores e poetas entre os países latinoamericanos, promovendo debates, leituras públicas e lançamentos de livros e revistas. Poderia-se ampliar para um Programa de Intercâmbio de Escritores e Poetas Visitantes nas Universidades desses países.

4) PROGRAMA ENTRE-MARES DE LITERATURA – a mesma idéia do programa anterior,
porém entre o Brasil, Portugal, e os países africanos e asiáticos de língua portuguesa.

5) PROGRAMA PRIMEIRO LIVRO - um incentivo do MinC (e eventuais e bem-vindos parceiros) para a publicação, divulgação e distribuição a escolas e bibliotecas do primeiro livro de escritores e poetas brasileiros.

6) FUNDO NACIONAL DA LITERATURA, LIVRO, LEITURA E BIBLIOTECAS com 30% do orçamento destinado diretamente ao fomento de projetos independentes (publicação de revistas, CDs e DVDs de poesia e/ou prosa, recitais de poesia, festivais literários, co-edições, ciclos de discussões, pesquisas, etc...).

7) BOLSA CRIAÇÃO LITERÁRIA para desenvolvimento de projetos literários de escritores e poetas. A cada ano seriam concedidas 20 bolsas em todo o país, no valor de R$ 3 mil mensais para cada contemplado pelo prazo de um ano. Os autores escolhidos não poderiam ter vínculo empregatício, dedicando-se integralmente ao projeto. Os recursos poderiam ser conseguidos em parceria com as empresas estatais e a iniciativa privada.

8) SISTEMA PÚBLICO DE DISTRIBUIÇÃO - Criação de um sistema público de distribuição de livros (em parceria com os correios) voltado para as pequenas editoras e a produção independente.

9) PUBLICAÇÕES LITERÁRIAS - Criação de veículos públicos de circulação para a literatura, tais como jornais e revistas (através da imprensa oficial), sites e programas de rádio e TV na rede pública de comunicação.

10) JORNADA NACIONAL LITERÁRIA – Criação de um grande evento anual, reunindo escritores, poetas e ensaístas para leituras, debates, conferências, palestras e lançamentos. O evento será aberto preferencialmente à professores, estudantes e ao público em geral. Desta forma, os professores poderão se atualizar sobre a criação e a discussão literária do Brasil, servindo de agentes multiplicadores junto aos seus alunos. A cada ano a jornada será realizada em uma cidade diferente do País, privilegiando todas as regiões.
Para definir os critérios e a seleção de projetos e de autores para cada uma das propostas anteriores, reivindicamos a formação de uma comissão paritária com membros do Ministério da Cultura, dos escritores e da sociedade civil ligado ao setor literário e com comprovado conhecimento. Reivindicamos ainda que todos os programas sejam anunciados em editais públicos, de forma transparente e democrática, especialmente os que se referem ao Fundo Nacional da Literatura e à Bolsa Criação Literária.
Por fim, motivados pelo Programa Fome Zero, da Presidência da República, que compreende a necessidade de incentivo à agricultura familiar e ao pequeno produtor para a erradicação definitiva da fome no país, nos sentimos animados a participar ativamente de um programa que erradique a fome de livros e também a fome de incentivo à criação literária no país.
Cientes da importância da criação literária na formação cultural do País, temos certeza que nossas reivindicações e propostas encontrarão eco entre todos os interessados no problema da leitura — da equipe ministerial aos editores, livreiros, bibliotecários e da sociedade em geral.

MOVIMENTO LITERATURA URGENTE
Ademir Assunção – poeta e jornalista. São Paulo/SP
Ricardo Aleixo – poeta e compositor. Belo Horizonte/MG
Marcelino Freire – escritor. São Paulo/SP
Paulinho Assunção – escritor e jornalista. Belo Horizonte/MG
Claudio Daniel – poeta e jornalista. São Paulo/SP
Sebastião Nunes – escritor. Belo Horizonte/MG
Joca Reiners Terron – escritor. São Paulo/SP
Rodrigo Garcia Lopes – poeta e jornalista. Londrina/PR
Artur Gomes – poeta. ator. produtor cultural. Campos/RJ

quarta-feira, novembro 17, 2004

Só pra lembrar
Ângela possui cascos.

Escrever e ser mulher
Tema espinhoso que Ana Elisa Ribeiro trata muito bem. Onde ? Ora, bem aqui.

terça-feira, novembro 16, 2004

Tá feia a coisa
Em razão do artigo Tudo sobre minha primeira vez, publicado pelo Monitor Campista, recebi e-mail da cara leitora Maria Inês, uma campista que mora em Brasília, que divido com os leitores do urgente!:

"Vítor,

li você hoje no Monitor. Gostei do título, o conteúdo trata do que já se considera infelizmente uma banalidade.

Temos conhecimento de que haveria empresas que fazem linhas daqui para o Mato Grosso que só seguem com escolta a partir de Goiânia, única maneira de escapar dos assaltos diários. Que seriam, quem sabe, promovidos pelos próprios quando não estão ocupados em dar segurança àquela outra empresa.

Temos também tentado fugir dos assaltos, freqüentes, na linha Brasília-Rio, via conta-corrente com a Gol, onde o assalto do preço da passagem pode ser pago a perder de vista.

A primeira vez que vi a encenação de detecção de armas no embarque da rodoviária do Rio, e lembrando que os passageiros vão sendo apanhados no caminho, pensei logo que se tratasse apenas disso, encenação. Perguntei ao funcionário portador da geringonça se já tinham conseguido identificar alguma arma por aquela via. Ele me disse que sim, várias ... estavam em poder de policiais de militares em serviço ...

Melhores dias virão? Grande abraço, até, MInês"

Paliativo
Enquanto o site não vem (dona Simone Pedro está dando os últimos retoques, enquanto tenta recuperar o celular roubado), Jules Rimet tratou de colocar no ar o blog do Aglomerado Terra Plana. Olha aqui ó.

Época da inocência
Rodrigo Florencio assumiu a missão de organizar a festa dos 15 anos do nascimento da Juventude Petista em Campos. Para ajudar na organização e na elaboração da lista dos convidados, criou este blog.

sexta-feira, novembro 12, 2004

Encontros de Interrogação
Se liga ! Manja o Encontros de Interrogação, evento que o Itaú Cultural vai realizar neste mês, reunindo quase noventa poetas, prosadores, jornalistas e críticos literários, para conversar sobre a produção literária do Brasil ? Pois as inscrições para as oficinas já estão abertas. Clique aqui e marque presença no evento. A equipe do Patife estará em peso no local.

O Rio continua lindo ?
Não tenho resposta para essa pergunta. Mas posso dizer que essa foi a primeira vez que fui ao Rio de Janeiro e verdadeiramente me diverti, não me aborrecendo ou chateando um só momento. Eu e Ana Elisa participamos do I Seminário Brasileiro do Livro e História Editorial, na Casa Rui Barbosa. Fizemos do local ponto de concentração dos patifes do RJ, como Löis Lancaster, Cassiano Viana, Crib Tanaka e Stennio Machado. E ainda contamos com as grandes presenças de Rafael Lima e Mariana Newlands. Boas conversas e muitas definições. Vocês nem podem adivinhar o que estamos preparando ...

Mais RJ
Encontrei César Ferreira e Felipe Sales no RJ nestes mesmos dias. O “ingênuo” formando em Jornalismo está ok, bem instalado num local próximo à duas dúzias de bocas de fumo, três puteiros e dezesseis botecos bagaceiros. Um único porém impediu que Sáles se embriagasse nesses dias: a conclusão da monografia. Não por conta do fato em si, mas porque Vitor Menezes está na banca examinadora. Em relação a César Ferreira, tenho uma notícia-surpresa para os leitores deste blog. Nosso caro amigo fotógrafo pretende se mudar também para o Rio de Janeiro. Sua intenção é abrir um terreiro, onde Sáles irá se apresentar como Omulu – malditas piadas internas.

quarta-feira, novembro 10, 2004

Meu primeiro assalto
Estava em um ônibus da 1001 que foi assaltado no início da noite de hoje. Após ter deixado a rodoviária de Macaé (RJ) no horário das 18h30, o ônibus parou no bairro da Barra, na saída da cidade em direção da Campos (RJ), quando embarcaram quatro homens. Três deles eram assaltantes e estavam armados. Poucos minutos depois de entrarem, anunciaram o assalto e determinaram que todos entregassem dinheiro, relógios e celulares. Obrigaram um dos passageiros a fazer a "coleta" enquanto um, na frente, mantinha o motorista sob a mira do revólver, e outro, nos fundos, também dava cobertura. Um terceiro comandava a operação, andando de arma em punho e apontando para os passageiros. Entreguei o pouco dinheiro que tinha no bolso direito da calça e o relógio. No bolso esquerdo, mantive o celular - mais por medo de fazer algum movimento brusco e assustar o assaltante que vontade de realmente dar uma de esperto para cima do bandido - e rezei para ninguém me ligar. Outros não deram tanta sorte: um senhor levou uma coronhada. Outro, perdeu R$ 400 que precisaria para chegar ao Piauí. Mas a sorte de todos foi realmente ninguém ter reagido, nem um policial que estava no ônibus e, claro, não se identificou. Os três homens desceram em um trevo para a estrada que leva a Carapebus. No ônibus, deixaram uma bolsa de uma das passageiras onde havia vários objetos do roubo - inclusive meu relógio e meus óculos, que acabei recuperando -, mas devem ter levado algo em torno de R$ 3 mil dos passageiros e das passagens vendidas pelo motorista. Fiquei vivo para contar essa história. Pelo menos dessa vez.

terça-feira, novembro 09, 2004

Chutei a santa
Pronto. Agora já posso ser preso, acusado de envolvimento com Artur Gomes nesta Geléia Geral.

Campos, tremei
Se Campos fosse gente, estaria roendo as unhas neste momento. Provavelmente encolhida no canto da sala com a TV Câmara ligada. É que acontece nesta tarde uma audiência pública na Câmara dos Deputados que vai discutir mudanças na distribuição dos royalties do petróleo. Está assim de projeto no Congresso de gente querendo puxar a brasa para as sardinhas dos seus estados e municípios. Tem até quem ache que, como o petróleo "é nosso", todos os municípios brasileiros deveriam receber royalties. Para quem programou um orçamento de R$ 1,1 bilhão para 2005, o momento é de tensão.

segunda-feira, novembro 08, 2004

Responsabilidade social do urgente!
Firme no seu propósito de fazer uma exposição sobre o Assis antes que o bar feche, o bravo brigão (ou seria o contrário?) César Ferreira bebeu de máquina em punho na última sexta no referido estabelecimento. Aguardando verba para comprar uma câmera, Alexandro F. também se prepara fazer a sua homenagem, em forma de documentário. E eu vou encomendar a placa que cravará o batismo na árvore jornalista e escritor Jorge Rocha, com direito a apelo solene para que o bebum emérito homenageado compareça para o descerramento. Como se vê, estamos todos ocupados com os mais relevantes temas da cidade.

sábado, novembro 06, 2004

[momento am]
Toda força para Perinho.

Todo mundo em pânico
Tem gente no governo Arnaldo Vianna achando que com Campista será diferente. O candidato, agora prefeito eleito, teria apenas o compromisso de não mexer nas contas do antecessor, mas quando ao resto... O colega Ricardo André fala hoje no Monitor sobre suas expectativas para o novo governo. Leia aqui.

quarta-feira, novembro 03, 2004

Atualização
E se Durvalino resolvesse escrever em um diário? Leia aqui.

Not Found
...há horas já não é mais possível acessar ao Ururau Irado. Sei que há meses já deixava claro sua intenção de abandonar tudo por aqui. Personagem que despertou a ira e a curiosidade de vocês que me lêem agora. Este post serve de registro momentâneo ao que ficará para sempre na história da imprensa campista...

terça-feira, novembro 02, 2004

4 + 20
Ouvindo você, bateu uma tremenda saudade. Você, o algoz, único a ler-me.

Salles
Vai garoto! E mete bronca porque você não volta mais...

O império se expande
Tendo em vista o escoamento de Anthony Garotinho e Rosinha Matheus para a cidade maravilhosa (sic), a direção do Urgente! decidiu expandir seus domínios e, enfim, me promoveu da condição de estagiário para correspondente urgentista no Rio de Janeiro, onde tentarei ao máximo auxiliar João Paulo Arruda em seus mais estapafúrdios empreendimentos. Por favor, rezem para que os demônios nos deixem em paz. Um abraço a todos, e perdoem-me qualquer coisa. A gente se vê.

Sóoo...
Veja que louco; você definitivamente acha de tudo na Internet. Clicando aqui você pode adquirir pela bagatela de R$ 100,00 duas garrafas long neck de uma cerveja japonesa feita de maconha.

E não rolou a festa
Sábado, véspera das eleições, uma fila de quase 10 carros se formou lá nos confins do Km 13, na rodovia Campos-Vitória – por coincidência, justamente em frente à casa de lazeres masculinos, a Play Man. As militâncias de ambos candidatos se reuniram informalmente, confraternizando e mostrando que os campistas não são um bando de correligionários ensandecidos. O único problema era que a boate (sic) estava fechada. Aí já era demais; haja civilidade. Loucos para relaxar antes das eleições, os mais exaltados batiam na porta do estabelecimento, exigindo a presença das meninas em prol de uma boa causa e antecipando o buzinaço que se faria no dia seguinte. Uma cena peculiar; a Campos, ora pois, que não passa no Jornal Nacional nem em lugar algum. Ah, apenas para fins de informação: a partir de hoje o funcionamento da casa deve voltar a sua programação normal, com direito a festa de abertura: “O Levante dos Finados”, também conhecida como “Ressuscita, senhor!”.

Alô militância querida!
Não sei se existe alguma relação com o ponto facultativo da Play Man, de repente houve alguma militância no ramo meretrício, sei lá, mas o fato é que há pelo menos uma garota de programa no quadro de funcionárias da Prefeitura de Campos. Aliás, sua função – digo nas horas vagas, pela Prefeitura – seria um escândalo que Garotinho teria adorado divulgar. Pena que o marido dela possui uma tirania que nem Freud explica, e que ela conta com o emprego público para abandonar sua principal profissão e concluir a faculdade – maiores revelações só no jornal Entrelinhas, parte integrante do Trabalho de Conclusão de Curso de Renata Lourenço, Klenio Costa e deste que vos digita, a ser lançado em dezembro e distribuído nos becos mais lascivos da planície goitacá. Mas a questão é que, se há alguma relação entre os fatos, resta saber se houve na Play Man alguma promoção como a do posto Max Web. Levando-se em conta que o Km 13 é distante, de repente... deixa pra lá.

segunda-feira, novembro 01, 2004

Uébe Max
Segundo o jornal O Diário, o posto de combustíveis Web Max, localizado na avenida Felipe Uébe quase na Alberto Lamego, esteve ontem, logo após o resultado das urnas, oferecendo gratuitamente 15 litros de combustível a carros adesivados, obviamente, com o 12. Lembrei de uma vez, na ocasião da construção da Alberto Lamego, em que eu plantei uma notinha no jornal A Cidade sobre algumas coincidências da obra: inexplicavelmente, o motorista é obrigado a andar longas distâncias caso queira mudar de mão, sendo isso possível apenas em duas oportunidades, ambas quase em frente às duas filiais do supermercado Super Bom – quando, claro, o cidadão é também forçado a conferir as últimas promoções do estabelecimento. O mesmo acontece ao se deparar com o entroncamento com a Felipe Uébe: seja qual destino for, naquele ponto o motorista é obrigado a fazer um balão ridículo, passando em frente, justamente, do posto-militante. Na época (quando toda a mídia era adestrada), deu uma merda danada, pois, segundo o dono do jornal (que também é dono de postos), “aquilo não podia sair”, e até chegou a ser feita uma retratação na coluna. É aquela velha história: ou se vive para a política ou se vive da política, conforme disse o famoso sociólogo Web Max, digo, Max Weber – que, aliás, é o mesmo nome do Secretário de Comunicação da Prefeitura de Campos.

Garotinho vence
Enquete do Globo On Line dá até o presente momento ampla vitória a Garotinho como o maior derrotado nessas eleições, após perder também em Nova Iguaçu (Lindberg Faria), e Niterói (Godofredo Pinto) – este último campista com “c” minúsculo. Garotinho, com 56%, concorre com ACM (6%), Marta Suplicy (18%) e Lula (18%).

A pergunta que não quer calar
Responda sinceramente, caro leitor, cara leitora do urgente ! Com o término das eleições municipais em Campos, qual deverá ser a utilidade da tropa federal que ocupou a cidade ?

a) Capinar a casa de praia de Vitor Menezes, cantando “vamos a la playa, ô ô ô ôô”
b) Trocar as fraldas e dar mamadeiras para os filhos e filhas dos urgentistas e agregados
c) Posar para um ensaio fotográfico do Blow Up, a lavanderia de César Ferreira
d) Virar uma banda chamada Troops of Olodum – gracias, Gangrena Gasosa.

E não é que era verdade?!
Campista não ganhou; foi Garotinho que perdeu. Enquanto queimavam uma bandeira ou outra do candidato adversário, a turma de Campista lotou o Fórum e suas imediações para proferir destemperos contra Garotinho. Não sei dizer ao certo se era também a turma das colunas sociais que gritava palavras de revolta, mas é capaz de serem colegas de academia. Sei que não havia mendigos comendo pudim, mas o... enfim, aquele tal de Sandro Moura, que veio candidato a vereador com pouquíssima expressão, surgiu oportunista no meio da multidão comendo a guloseima. Pelo menos dois militantes de Pudim caminhavam impunemente com suas camisas, sem que fossem agredidos sequer verbalmente. E nada menos que seis viaturas cercavam a rua do único bem de Garotinho: seu casebre na Lapa. Talvez se algum dia a Copa do Mundo acontecer durante o carnaval, veremos novamente o que se passou nas ruas de Campos logo após o encerramento das eleições. As imagens terão uma força desgraçada, enquanto Garotinho deve se fazer de vítima e acusar uma nacionalização das eleições campistas – como se seus esforços e de sua esposa não acusassem justamente isso.

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